[Resenha] Half Bad

By Unknown - 06:43:00



NOME: Half Bad
NOME ORIGINAL: Half Bad
AUTOR: Sally Green
EDITORA: Intrínseca

Sinopse

A história é sempre contada pelos vencedores, dizem. E Nathan, infelizmente, não é um deles. 

Na Inglaterra em que ele vive, bruxos e humanos dividem o mesmo espaço, sem, no entanto, se misturarem. Mesmo entre os bruxos, há os que se autodenominam bons, puros e justos - os bruxos da Luz e há, é claro, seus inimigos, aqueles que devem ser combatidos e aniquilados, a origem de todo o mal - os bruxos das Sombras.
Nesse mundo dividido entre mocinhos e vilões, não ter um lado é pecado, e esse é exatamente o caso de Nathan, filho de uma bruxa da Luz com um bruxo das Sombras. E seu pai não é um bruxo qualquer, e sim o mais poderoso e cruel que já existiu, acusado de ter matado a mãe de Nathan.

O garoto é visto como uma aberração tanto por seus pares quanto pelo Conselho dos Bruxos da Luz; uma ameaça que precisa ser domada ou exterminada. E as coisas só ficam mais complicadas conforme o tempo passa, já que, ao completarem dezessete anos, todos os bruxos passam por uma cerimônia em que seu dom, o poder que carregarão por toda a vida, é finalmente revelado. Nesse momento se definirá se Nathan é um bruxo da Luz ou das Sombras, e dessa definição dependem suas chances de permanecer vivo.
E o tempo dele está se esgotando.

Em Half Bad, acompanhamos a jornada errante e frenética de Nathan para encontrar o pai, que ele jamais teve a oportunidade de conhecer, e, mais importante ainda, sobreviver. Mas como conseguir isso quando cada passo seu é vigiado e ninguém é confiável - nem mesmo sua família, nem mesmo a garota que você ama?
Com uma narrativa direta e dinâmica, Sally Green constrói uma história arrebatadora sobre intolerância, racismo e os caminhos tortuosos que todos trilhamos rumo ao amadurecimento.

Resenha

A própria sinopse já diz tudo, Nathan é um meio-código (Sua mãe é bruxa da Luz e seu pai bruxo das Sombras) que é perseguido pelo conselho dos Bruxos da Luz desde o dia em que nasceu, Nathan é muito parecido com seu pai, tanto no aspecto da personalidade quanto da aparência, e é ai que toda a história de preconceito se desenvolve, Nathan sofre em todos os lugares que vai por ser meio código, desde sua irmã que o faz acreditar ser um monstro desde a infância até na escola pelos Bruxs (filhos de bruxos que ainda não completaram 17 anos e não receberam seus três presentes). 

"Ninguém deu presentes, flores nem chocolates para mamãe porque todos sabiam que ela não queria esse bebê. Ninguém queria um bebê como aquele. Mamãe só recebeu um cartão,e não dizia “Parabéns”. Silêncio. — Quer saber o que dizia? Sacudo a cabeça. — Dizia: 'Mate-o.'"


Ainda assim, existem coisas boas. Apesar de sua irmão mais velha Jéssica repudia-lo, seus outros irmãos Arran e Debora o amam apesar de tudo, e apesar dele odiar a escolar por ter dificuldade de ler e detestar o chiado que aparelhos celulares e computadores constantemente fazem, ele conhece uma menina chamada Annalise que gosta dele, o que é um relacionamento difícil já que seu sangue vem de uma família muito respeitada no conselho. 

Logo no começo, Nathan se encontra "encarcerado" e Celia é sua "vigía", uma ex-caçadora que o instrui a fazer exercícios físicos e mentais. Na realidade, é um relacionamento de amor e ódio, apesar de ser sua guardiã e carcereira, ela gosta do garoto e se preocupa com ele, assim como Nathan também gosta dela, é  bem engraçado. 

"Celia lê pra mim, o que parece fofo, mas não é. Ela faz perguntas sobre as coisas que lê. Se minhas respostas não são boas o suficiente, levo um tapa, e esses tapas machucam. Mas pelo menos não preciso ler. Celia tentou me ensinar, mas acabamos concordando em parar com aquilo"

Quando um brux faz 17 anos, ele passa por uma cerimônia onde alguém da sua família te da três presentes e bebe o sangue de seu ancestral. Quando um brux faz essa passagem se tornando bruxo, ele tem um dom, cada bruxo tem um dom diferente e geralmente é hereditário. Caso Nathan não receba os dons, é muito provável que ele morra  

Acompanhe a incrível jornada de Nathan nesse livro de estréia de Sally Green, com uma narrativa dinâmica em primeira e segunda pessoa (não é tão confuso quanto todos dizem, é bem interessante até) onde o protagonista vai lutar pela sua sobrevivência e o bem dos que ele ama, onde os mocinhos serão vilões e os vilões serão os mocinhos.

O livro é espetacular, a leitura é fácil, chega a ser engraçada quando Nathan perde a paciência e troca palavrões  e não te deixa parar até você descobrir o que vai acontecer a seguir, agora entendo porquê é tão famoso fora do Brasil. Infelizmente, ainda não alcançou sua merecida notoriedade no nosso país, mas tem tudo pra ser um sucesso aqui também. O mais interessante é o fato de Sally Green juntar humanos (titulado por eles, Félixes) com bruxos e bruxs, que convivem em harmonia discretamente numa sociedade distópica, além de ser uma história de preconceito e racismo que vai te comover.


Claro, o livro teve seus pontos negativos como todo livro tem, o final deixa muitas pontas soltas desnecessárias para te fazer ler a continuação (Half Wild), assuntos que poderiam facilmente ter se desenvolvido em 20 páginas ou menos, foram deixados para o próximo livro. A trama foca mais no drama, e não na batalha entre bruxos, a melhor parte pra mim foi quando a avó de Nathan conta uma história sobre uma bruxa das sombras que fica aprisionada e, quando libertada, cospe fogo pela boca e inicia-se uma batalha. Isso foi muito foda, pena que foram poucas cenas de luta.

Na balança, vale muito a pena ler Half Bad e Half Wild (que já estou ansioso pra comprar e ler), a história de Nathan vai te segurar da primeira a ultima página. Se já leu, conte-nos  que acho nos comentários! 


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