[Resenha] Royal 47 [+16]

By Unknown - 06:46:00



Sinopse: Nesta obra, Jim Carbonera mantém sua narrativa infame e vil dos livros anteriores. Nomeia cada capítulo como se estivesse homenageando-os e transforma Royal 47 em um romance feroz e corrosivo. Seu protagonista, Rino Caldarola, deixa de morar com os pais e muda-se para um ambiente conturbado e efervescente. Uma nova visão sobre o mundo está prestes a nascer das teclas de sua primeira máquina de escrever que, além de auxiliá-lo em seu novo objetivo — de escrever um romance datilografado —, se transforma em sua principal companhia. Rino, sem receio algum, mantém-se o bon vivant inconsequente de outrora e utiliza-se da insensatez como válvula de escape para enfrentar os desígnios da vida. Jim Carbonera expõe explicitamente um personagem que desdenha a sobriedade civil, inspira-se e deleita-se em tudo que o cerca e, definitivamente, utiliza a sociedade como seu espelho transgressor.
TÍTULO: ROYAL 47
AUTOR: JIM CARBONERA
Nº Pag.: 152
EDITORA: GIOSTRI
Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️
Já no início de Rayal 47 temos Rino, que após o retorno de seu irmão para a casa de seus pais, resolve sair de sua atual residência e alugar um pequeno KitNet em um pequeno bairro em Porto Alegre. Já em sua atual moradia, Rino faz o download de três filmes que acabam o deixando nostálgico, os filmes escolhidos foram Hemingway & Gellhorn, On The Road e As Vantagens de Ser Invisível e foi em meio a um cena desse último citado que Rino decide comprar uma máquina para si.
No dia seguinte Rino sai em busca de sua nostálgica máquina de escrever, e acaba encontrando, em um antiquário, uma Royal Quiet De Luxe 1947 (ou apenas Royal 47).



A sinceridade de Rino é incrível, ele não é muito de analisar as palavras antes de falá-las, em muitas situações ele é incrivelmente direto, falando exatamente o que acha sem medo do que suas palavras podem causar. Em muitas partes da narrativa encontramos coisas do tipo: "...atrás de mim, algumas pessoas passavam e roçavam seus peitos ou paus." Ou "sou gay e não preciso de cura, preciso é de uma piroca roliça." Essa liberdade das palavras me cativaram, odeio livros que se privam de certas palavras, e acabam não concluindo o objetivo de transmitir o que realmente queria para os leitores.

Royal 47 é um romance, mas não um romance clichê como estamos acostumas a assistir/ler, é um romance de não apenas um só relacionamento, mas que envolve vários casos amorosos que Rino tem durante o ano de 2013, o primeiro é com sua vizinha Lurdes, uma pedagoga de quarenta e quatro anos, com cabelos crespos na altura dos ombros. Lurdes aperta a campainha do apartamento do nosso narrador, eles conversam e o assunto inicial é sobre o a cor do cabelo de Rino (ruivo), logo depois eles já estão mais à vontade e começam um papo com se já fossem colegas de longa data. Quando a pedagoga percebe que já é tarde resolve voltar para casa, na despedida eles acabam se beijando sem querer, você acha que acabou por aí? Eles acabam voltando para dentro do apartamento e acabam transando.



Os relacionamentos de Rino não param por aí, ainda tem muitas aventuras que nosso sincero narrador vivência, uma delas é que acaba de tornando um "Personal Friend" um tipo de pessoa que possui tempo livre e que encontram-se disposta a servir de acompanhante de aluguel. Nessa sua aventura acaba conhecendo Catarina, uma mulher mais velha, com uma grande beleza para sua idade, eles acabam se tornando mais íntimos e acabam viajando para Gramado. O relacionamento dos dois é lindo, não é apenas sexo e conservam uma amizade após o "termino".

Rino passa por diversas situações no decorrer do livro, essas são apenas duas das muitas. Entre elas está uma amizade com um motoqueiro, um trabalho que o força a visitar funerais de pessoas desconhecidas e ouvindo algumas estórias bizarras. 

O livro vai te deixar abismado em algumas páginas, e um tanto excitado (literalmente) em outras. Como já falei, a narrativa te cativa, o livro te prende e você acaba lendo o livro tão rápido que quando chega ao fim, você fica tipo: mas já? O fato de Rino vivenciar situações do nosso cotidiano não deixa o livro desinteressante, muito pelo contrário, foi isso que me prendeu ainda mais a ele. São poucas páginas, mas que não deixa a desejar.

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